segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Países condenam presidente iraniano

Após Ahmadinejad negar o Holocausto, países condenam presidente iraniano
O Globo
Agências internacionais

TEERÃ, BERLIM e WASHINGTON - O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, condenou nesta sexta-feira as últimas declarações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que voltou a negar o Holocausto. O alemão disse que o polêmico líder é uma desgraça para seu país. Mais cedo, durante uma manifestação em Teerã contra Israel, Ahmadinejad disse que o Holocausto foi uma mentira e um pretexto para criar o estado judeu que os iranianos têm uma obrigação religiosa de confrontar.

Em um comunicado, Steinmeier disse: "As declarações feitas hoje pelo presidente iraniano são inaceitáveis. Com seu discurso intolerável, ele é uma desgraça para seu país. Essas afirmações anti-semitas exigem uma condenação coletiva. Vamos continuar a confrontar isso no futuro".

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o governo americano também condena as declarações de Ahmadinejad.

- Obviamente condenamos o que ele disse - afirmou Gibbs durante uma entrevista coletiva. Comentários deste tipo "só servem para isolar o Irã do resto do mundo", completou.

Mais cedo, milhares de iranianos do governo e da oposição voltaram a tomar as ruas de Teerã, desta vez aproveitando a marcha anual que celebra o Dia de Jerusalém, uma manifestação pró-palestinos que acontece no centro da capital do Irã. Durante o protesto, as forças de segurança do Irã entraram em confronto com seguidores do líder da oposição Mir Houssein Moussavi. O celebração também foi palco para as polêmicas declarações do presidente iraniano.

- O pretexto (Holocausto) para a criação do regime sionista (Israel) é falso... É uma mentira baseada em uma improvável e mítica reivindicação - disse Ahmadinejad a religiosos na Universidade de Teerã no final na manifestação contra Israel.

- Confrontar o regime sionista (Israel) é uma obrigação nacional e religiosa - acrescentou.

Os críticos de Ahmadinejad dizem que seus discursos ferozes antiocidente e os questionamento sobre o Holocausto isolaram o Irã. O presidente linha-dura advertiu líderes países árabes e muçulmanos aliados do Ocidente sobre lidar com Israel.

- Este regime (Israel) não vai durar muito, não tem futuro. Sua vida chega a um fim - disse o presidente.

Durante a manifestação desta sexta-feira, diversas pessoas foram presas pelas forças iranianas. Milhares de apoiadores de Moussavi estavam entre os manifestantes que participam de protestos contra Israel todos os anos ao redor do país na última sexta-feira do mês sagrado do Ramadã. Um dos episódios aconteceu na avenida Karim Khan, quando as forças de proteção tentaram impedir protestos contra a reeleição de Ahmadinejad. O confronto terminou na praça Haft-e-Tir, símbolo das manifestações da oposição em junho, quando diversas pessoas morreram e centenas foram detidas.

- As forças de segurança estão empurrando e batendo nos manifestantes - disse uma testemunha.

Autoridades iranianas, incluindo o líder supremo Aiatolá Ali Khamenei, advertiram a oposição para não transformar os protestos contra Israel em uma manifestação contra o sistema clerical.

- Morte aos ditadores. Estamos prontos a morrer pelo Irã - gritavam os manifestantes.

Fonte: O Globo/Agências Internacionais/Lusa
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/09/18/apos-ahmadinejad-negar-holocausto-paises-condenam-presidente-iraniano-767669091.asp
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5gLRiHzCr8VagRwE0xbF1DyU3cGlQ

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